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Mostrando postagens de março, 2016

Etéreo, sonhar. ócio, morte, desejo.

De volta ao futuro. Cinco de março de dois mil e dezesseis. Cápsula lunar. Sentimento não mais sentido. Pois se sentir é coisa antiga, no futuro já não mais sinto, ainda mais em 2016. Já não pode haver espaço nem para olhar para trás, só para sonhar. Agora o contexto é esse, crise de mim, de idéias, de um vazio, uma solidão pois já não tenho a mim. Ninguém mais erra pois ninguém quer acertar. A morte, somos um monte de cadáveres, defuntos capitalistas; para que valorizar o outro se eu mesmo nada valho? A morte, bendita obra de arte fruto da surpresa, arrombará o tempo diferentemente de uma pena que pode brecar sua esfera. (escrito em cinco de março de dois mil e dezesseis.)

Os fins justificam os meios: uma estratégia política, sobretudo do PT.

"Os fins justificam os meios", máxima de Maquiavel, parece fundar uma linha que divida o certo do errado, ou aquilo que deve ser feito e que nem sempre é realizado. Denúncias são para serem investigadas, e esse texto não tem a pretensão de lançar culpa sobre um ou outro, até por que um bom início seria limitar o início a ser julgado, desde quando falaremos em corrupção, a partir de que governo tal prática ocorre, se tais crimes podem prescrever, e por que um será inocentado e outro não. Como pode ser fútil entrar no debate hoje, em defesa de um partido, o PT, ou o PSDB. Como deve ser evitado o viés de posição e oposição, se quisermos navegar livremente pelo terreno jurídico, terreno que está sendo pela primeira vez revelado ao grande público, uma forma dolorosa de aprender procedimentos mas de qualquer forma, são as regras do jogo. Quando Dilma cria um cargo para o ex-presidente Lula para que ele ganhe foro privilegiado, blindando-o, ela age dentro de suas possibilidades, m

Queijo suíço

Por que um apartamento doado em negociação renderia tanta dor de cabeça à alguém? Por que um operário tornar-se líder de uma nação seria espantoso? Enfim, este é nosso mundo, pós-guerra, pós-socialismo, misturando em seu enorme mixer momentos que se tornaram clichês, no próprio cotidiano, até mesmo no cinema. Depois de uma pseudo-passeata como a de ontem, onde comentaristas estão a dobrar o número de participantes, calculado pelas autoridades, fica claro mesmo é a inabilidade da mídia brasileira, praticamente de a a z, em 'ler' com clareza tal situação para uma população quase analfabeta funcional, aquela em que a possibilidade de decifrar o código não permite interpretar fatos. A passeata foi produzida pelo PSDB, intitulado oposição certo? O que poderia uma aclamação do partido de Aécio Neves foi 'lido' como uma atitude agora serena da população em repudiar qualquer estratégia política. Mas quem repudiou, já estava lá no sol, entrando nas estatísticas de ser

Traição

E assim caminha o Brasil, com mais um golpe nas costas. Aquele presidente de esquerda, contrário ao consumismo, crítico da esquerda, está agora com as barbas na porta da Polícia Federal. Sendo conduzido e ouvido na condição de condução coercitiva, Luiz Inácio da Silva, o Lula, está sendo investigado por benefício à sua família quase que inteira, com benefício vindo direto das cinco maiores empresas (empreiteiras) do país. Cerca de vinte milhões engrossaram os valores do Instituto Lula, dois imóveis de luxo pesam em suas costas, benefícios à empresa de marketing e consultoria de seu filho dá margem a doação suspeita. São mutas as frentes de investigação. E a pergunta que já fica: por que ele teve a impáfia de obter valores em benefício próprio se era posto publicamente como um representante do povo, um operário? Fica apenas um a palavra vinda de quem acreditou e teve seu tapete puxado: traição.