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Mostrando postagens de junho, 2016

Pela fresta

Um álibi talvez. Uma situação esdrúxula, mas levada a cabo com uma dose de bom humor e outros recursos. No meio de uma situação estranha, uma solução amiga. Dentro de uma sala, um quarto e nele um homem chamado a falar sobre seus hábitos. De um álibi para um interrogatório, e dele para um exercício em sala de aula, em grupo. E naquela última cena, uma proposta filosófica sobre, sobre o quê? Filosofia de ‘flaneur’, filosofia de deslizar da Harley Davidson. Sim, essa era a última sequência da quarta pergunta. E o que talvez fique de lição é que em meio ao prazer, o risco, em meio da luz, a penunbra que convida ao sinistro, em meio ao intocável, o caminho livre.

Solidão e família: irmãs na imaterialidade.

Agradeço muito a minha família por ter me abandonado, com o perdão da palavra. Nasci de uma mistura heterogênea, sem eufemismo, pois poderia ser uma família homogênea, formada por duas pessoas com mesmos hábitos, cultura, enfim. Aliás, essa é uma métrica que não mais me largara. Somente o abandono pode transformar uma pessoa; isso com uma boa dose de cultura, que é o que pode somar ou dividir. E sorte. A família é como a solidão - elas podem perpetuar. De alguma forma elas sempre perpetuam. A solidão pode coexistir com a companhia, e a família pode continuar a existir mesmo após o fim. Então podemos dizer que a solidão e a família são imateriais, no sentido mais vivo e lúdico que possa existir.

São Pedro seria?

Deveria ser São Pedro o santo da vez. Grandes embarcações passavam recolhendo outros menores - não menos suntuosas para Vitória. Onde a pesca era vista apenas pelos pequenos pescadores que ali passavam. Da igreja São Pedro com sua sala de catequese ao fundo da nave, no segundo andar, até o que era o centro efervescente da zona portuária – havia uma distância média. Naquele dia as pessoas cruzavam o trecho a pé mesmo. Uma espécie de procissão. Havia um centro evangélico ao lado, mas o que ‘selava’ as pessoas mesmo era a Igreja Católica que por seus santos como São Pedro, São José e São João, todos com seus dias no mês de junho, ia do pudor ao profano, e logo ali ao lado dela, a grande igreja, com sua nave em forma de concha acústica, estava o centrão ou melhor , as instalações do porto. Lá, homens navios e peixes pescados eram conduzidos aparentemente da mesma forma, por uma espécie de baia. Um corredor de concreto frente à parede de água onde os navios e barcos esperavam e esperavam.