Estamos ficando cada vez mais obcecados pelos nossos objetivos? Ficando cada vez mais egoístas? E essa intenção de afinar cada vez mais o foco, está nos afastando do mundo ou, curiosamente, nos tornando mais vulnerável ao que nos circunda? Tudo nos afeta? Estamos nos infantilizando, pirracento, e de certa forma 'cegos'?
Sendo mais seletivos por que mais exigentes com nossas metas?
Vamos seguir pela hipótese de que tudo nos afete, todo tempo. E sendo assim, de um momento para o outro, algo desande.
Solitudes frágeis
Vivemos sós, nessa empreitada de levar nossa empresa pessoal adiante, é mesmo em família, somos individuais ao extremo, as ações tendem a serem vistas como um marketing de excelência.
Conectados com muitos mudando de expectativas constantemente, não encontramos em conhecidos um feedback para nossas ânsias. É um fato, não temos uma noção real do que o outro vive, estamos a tatear por pequenas sensações o que realmente ocorre ao redor.
Feedback
Compramos problemas coletivos, deixamos de ser mais práticos, e lidamos com uma fluidez bizarra com o que nos realmente nos circunda fisicamente. Ou não?
Dê certo que para eu poder escrever sobre um problema que atinge muitos, devo me colocar como representante de um coletivo. O que me garante que esses problemas não são apenas meus? Observo uns e outros em meu feed de notícias em uma rede social. E percebi que sem saber, ao que me parece, uns são respostas à perguntas de outros, mas dificilmente esse elo é concluído. Ele se conclui na minha percepção.
Sincronicidade
Com uma certa frequência, de tempos em tempos, ciclicamente para mim, consigo fazer meu pensamento ‘caminhar’. E vejo isso como uma determinante pessoal mas também com uma sincronicidade ao redor. É como se uma porta se abrisse para uma comunicação que quer se estabelecer. Isso, curiosamente fixa mais explícito no meio virtual, talvez por que a escrita demanda um maior risco e consequência, dando passos maiores em uma subjetividade.
Deveríamos nos embriagado mais com o presente, seja ele virtual ou físico, que é o verdadeiro fio da meada? Sim, é cabível esse receio, mas certamente atendendo ao que o outro fala teríamos um repertório maior para bailar no inesperado.
Os limites entre estética e saúde. Estética e saúde estão certamente há tempo, em uma mesma direção, mas hoje concorrem em sentido O que é visto pode ser cada vez mais alterado, contudo, com uma frequência cada vez maior, o que compromete o interior do corpo humano. Essas são constatações limites, mas que geram o comprometimento da vida, a partir mesmo de pequenas insatisfações, e sequentes correções. Com mais de 30 anos de plásticas no corpo, sobretudo no rosto, enxertos, aplicação de substâncias que alteram a forma do corpo e a utilização de 'peças’ que modificam o funcionamento dos órgãos, a própria cultura de mulheres mais que de homens já se modificou a tal ponto que alteraram também a forma como os adultos abordam esteticamente a criança. Basta observar a publicidade, os brinquedos, a orientação dos desejos. Na busca por autonomia de vida, domínio da forma e, do crescimento social acelerado, sobretudo artistas, espelham iniciativas que artificialismo as mulheres - como máxim...
Comentários
Postar um comentário