A arte de escutar
Muitos de nós ao encontrar alguém, um conhecido, como maneira de demonstrar empolgação, fechamos nosso canal de áudio, e partimos para a emissão.
Isso ao contrário do que se pensa, gera um bloqueio, à princípio.
O cumprimento é essencial, e ouvir em um segundo momento também.
Ouvindo, estamos disponíveis, dispostos a encontrar no outro a sintonia que vai levar esse encontro a gerar para nós o espaço de interação em determinado assunto que, sinceramente, estamos interessados em debater. Debater no sentido de aprofundamento.
A escuta interna - Como é difícil, como é fácil. Tá aqui dentro da gente, mas como aí sintonizar uma estação no rádio, requer uma afinidade com o nosso 'aparelho’.
E para nós ouvirmos, precisamos de silêncio! É aquele momento que 'alone’, percorremos nosso 'quintal’, quase ao anoitecer. Olha que imagem fantástica: aquele espaço que acredito ser só meu, onde de olhos fechados eu posso afirmar onde ficam as rosas da vó e a mangueira no meio do terreno. O de está o canto dos lagartos, é o de havia aquele galinheiro até há pouco tempo. Assim é nosso núcleo, nosso sítio, a nossa 'cave’
E aí citar a caverna, sabemos que ela tem uma entrada e por onde devemos sair, sair para a maturidade.
A vida, ah a vida. A vida leva você e ela é implacável. Ela faz você fazer coisas, mudar, e por mais que se apegue as 'paredes’ históricas, somos ‘levados’. Realizar os desejos, faz com que essa velocidade de mudança acelere. Se eu não sei conter meus ímpetos, vou pela água do rio sendo levado, por não saber, e não querer também - por que não? - me agarrar aos matos da margem. Como poderia ser importante conter os gastos, conter as vontades. Sozinho, eu flutuo, fico só, faço de mim meu próprio negócio, jogo, minha celebração só. Sem lembrar, sem pensar, apenas olhando para dentro. Medito em mim. Relembrar, refazer, se remodelar, lembro do projeto. Será ele possível? Será que vale a pena? Corpo, mente, alma, matéria. Divulgar ou reter? Reter. Depois divulgar.
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