Sinônimo: economia predatória, exploração, imigração.
_ Não precisa fazer nada, esses nativos são bem educados, eles farão tudo pra você. Não diga nada, apenas ‘aproveite’.
Entre os imigrantes que aqui chegaram e chegam até hoje, desde os italianos e alemães, no fim do século dezenove, até os que partem do Rio de Janeiro hoje, em busca de emprego no Espírito Santo, olham esses campos de duas formas: uma como um campo de benfeitoria. Diferente da exploração, na benfeitoria você agrega sua mão-de-obra ao espaço local para que ali haja progresso, com a possibilidade de que seja de forma sustentável. Por exemplo, contrário, quando uma área é invadida por garimpeiros em busca de ouro, de forma violenta e desordenada, isso não é um ato de progresso consciente.
A outra forma é quando se percebe essa terra, mesmo que ‘crua’, ou com a infra-estrutura já instalada como possibilidade de evolução pessoal, e assim, vai-se fazendo uso da educação local, para uma atividade predatória.
No caso da imigração de africanos para uso escravo em terras brasileiras, há de se diferenciar para qual tipo de situação à que vieram. Vieram para trabalhar para outrora imigrantes, portugueses e mais recentemente italianos também, mas já em um processo, ‘diluído’, que mercantilizaram a relação com o espaço e com a mão-de-obra.
Hoje, é inegável, a quantidade de ‘imigrantes’ de outros Estados, sobretudo cariocas, mineiros, baianos e até paulistas, que partem de suas terras para povoar o Espírito santo. Com uma formação profissional adequada para o mercado local, geralmente relacionam-se com o comércio mesmo e até com o beneficiamento do minério de ferro, através de inúmeras indústrias de beneficiamento do mineral, que fornecem capacitação similar a exigida nas empresas daqui, como a Vale e a Samarco.
A vida, ah a vida. A vida leva você e ela é implacável. Ela faz você fazer coisas, mudar, e por mais que se apegue as 'paredes’ históricas, somos ‘levados’. Realizar os desejos, faz com que essa velocidade de mudança acelere. Se eu não sei conter meus ímpetos, vou pela água do rio sendo levado, por não saber, e não querer também - por que não? - me agarrar aos matos da margem. Como poderia ser importante conter os gastos, conter as vontades. Sozinho, eu flutuo, fico só, faço de mim meu próprio negócio, jogo, minha celebração só. Sem lembrar, sem pensar, apenas olhando para dentro. Medito em mim. Relembrar, refazer, se remodelar, lembro do projeto. Será ele possível? Será que vale a pena? Corpo, mente, alma, matéria. Divulgar ou reter? Reter. Depois divulgar.
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