Agradeço muito a minha família por ter me abandonado, com o perdão da palavra. Nasci de uma mistura heterogênea, sem eufemismo, pois poderia ser uma família homogênea, formada por duas pessoas com mesmos hábitos, cultura, enfim. Aliás, essa é uma métrica que não mais me largara.
Somente o abandono pode transformar uma pessoa; isso com uma boa dose de cultura, que é o que pode somar ou dividir. E sorte.
A família é como a solidão - elas podem perpetuar. De alguma forma elas sempre perpetuam. A solidão pode coexistir com a companhia, e a família pode continuar a existir mesmo após o fim. Então podemos dizer que a solidão e a família são imateriais, no sentido mais vivo e lúdico que possa existir.
Toda vez que eu vejo uma barata vindo em minha direção, eu lembro de Gregor Sansa, aí eu levanto a cabeça e Dinho que não li “A Metamorfose”.
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