O corpo pende entre um passo e outros.
Envelhece a cidade e o bairro.
Onde está a estação?
Em uma pequena vila, só há plantações em volta, ou a fábrica onde todos, quase, encaixam seus corpos.
Quem de fora fica, espera pelos que de fora vem.
Não engane a si mesmo, ainda vivemos sim em uma cidade, ‘velha’.
Os anciãos não param de andar, coitados, para poderem estar ao estado de poderem ver os que chegam.
Mas os que chegam são os mesmos que aqui estavam. Eles viajaram para o interior de si.
Todos os dias, então, esquece-se as redes sociais, os jornais, tv's.
Com a esperança de quem em uma rajada mostre-se de volta.
A vida, ah a vida. A vida leva você e ela é implacável. Ela faz você fazer coisas, mudar, e por mais que se apegue as 'paredes’ históricas, somos ‘levados’. Realizar os desejos, faz com que essa velocidade de mudança acelere. Se eu não sei conter meus ímpetos, vou pela água do rio sendo levado, por não saber, e não querer também - por que não? - me agarrar aos matos da margem. Como poderia ser importante conter os gastos, conter as vontades. Sozinho, eu flutuo, fico só, faço de mim meu próprio negócio, jogo, minha celebração só. Sem lembrar, sem pensar, apenas olhando para dentro. Medito em mim. Relembrar, refazer, se remodelar, lembro do projeto. Será ele possível? Será que vale a pena? Corpo, mente, alma, matéria. Divulgar ou reter? Reter. Depois divulgar.
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