Viver é estar nu no inferno. Estrela solitária. Aqui a doença da alma chega de uma forma direta.Não existe código de ética, e isso é o inferno. Quantas vezes reclamaste por haver muitas regras, muito silêncio?
Pois aqui, vale tudo.
De onde vem as regras? Da violência, da falta de respeito? Imagino que sim. Talvez também da falta de coerência em sermos um país.
Aqui a violência da separação nos une, aqui o indivíduo prevalece sobre o coletivo, a partir da idade, da raça, do gênero; nunca somos.
Nunca somos humanos, aqui ninguém tem vez, a não ser no caso de você ser um velho, um negro, ou uma mulher. Talvez um transexual.
Separam-nos para comandar esse presépio. Imagina que muito além de golpe, de corrupção financeira, existe uma estratégia para perdurar: a estratégia do domínio sobre uma massa que coitada, tem intelecto, mas muito problema também.
Aí inventam separar-nos para assim pleitearmos direitos, mas dessa forma sem que percebamos deixamos de ser país.
Os valores que perpetuam os poderosos velhos estão todos aí.
A própria disputa pela previdência pública jogará os mais jovens da forma mais violenta possível no mercado, como se diz no futebol, telegrafando a jogada para o mercado de organizar a tempo.
E como bem se sabe, negros ou brancos, os jovens voltam a ser ladrões de galinha a serem exterminados.
Toda vez que eu vejo uma barata vindo em minha direção, eu lembro de Gregor Sansa, aí eu levanto a cabeça e Dinho que não li “A Metamorfose”.
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