O que será um relacionamento?
Um jogo, uma parceria, sedução, perspicácia, enfim, calmaria também, paciência, movimento, uma invencionice a dois. Um relacionamento funde duas pessoas, duas almas, dois contextos familiares, hábitos, somos iguais, mas também somos diferentes.
Por ser traçado entre dois pontos de cores diferentes, pode ser de intensas surpresas, nada de areia movediça, mas uma terra que salvo conhecimentos técnicos devido a sua cor, textura e cheiro, pode surpreender.
Quando psiquiatras e psicanalistas opinam sobre o relacionamento amoroso, eles fazem uso de um arcabouço de conhecimento, mas o que será dessa caixa de ferramentas frente a comportamentos tão novos suscitados na modernidade?
Somos seres que vivemos em um mesmo tempo histórico, mas o que dizer daquelas dúvidas que devido a uma conversa ou a um escrito, perpetua em nossa mente e que com o passar do tempo mostra-se como uma sugestão coerente? Bem, cada um de nós é de conformação única, sem traumas a princípio, mas com experiências que vão balizando nossa visão relacional, sugerindo que no início seríamos verdadeiros deficientes visuais. E o que dizer de um conselho da avó, do tipo, ‘quando o dinheiro não entra pela porta, o amor sai pela janela’, frente aos múltiplos formatos possíveis em momentos não tão claros assim? Para cada afirmação, para cada passo, um conhecer revisitado, um reconhecer, uma pergunta; assim finda nosso primeiro “Falando de você, pode?”
Toda vez que eu vejo uma barata vindo em minha direção, eu lembro de Gregor Sansa, aí eu levanto a cabeça e Dinho que não li “A Metamorfose”.
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