Talvez, mesmo com os olhos abertos, nós brasileiros, não estamos enxergando o que acontece em nosso país, onde em um verdadeiro clássico futebolístico, somos dicotômicos. Há pouco mais de treze anos, o Partido dos Trabalhadores ganhou as eleições do poder executivo de forma legal, em oposição a uma política cunhada de direita dita pelos opositores conservadora, viciada e que beneficiava um modo de operação, digamos, clássico na condução de uma nação. Podemos tomar como imagem, uma monarquia, com seus reis e seus bobos da corte. Pois então : passados mais de uma década, agora ouço0 uma panela sendo batida, fogos de artifício sendo acesos e uma atmosfera dúbia, onde não sabemos decifrar o que é populismo, socialismo, corrupção e verdade. Acaba de sair no senado a aceitação e a devida suspensão da presidenta em sua condução ao impeachment.
O impeachment da presidenta entrou em apreciação no senado e afora uma política fisiologista, estamos soltos como um cavalo sem cela, e postos no prato de um glutão chamado discurso jurídico.
Hoje, mais difícil e importante do que termos uma atitude crítica, aparece ser arrancarmos dos nossos olhos essa película que nos cega chamada dicotomia. Somos muito antagonistas. Nunca a filosofia foi tão necessária como hoje, frente a riqueza do seu pensamento paradoxal, como Deleuze cita e usa Alice no País da Maravilhas, como exemplo.
Em quase todos os países forças antagônicas degladiam-se , nações também, mesmo em um mundo globalizado há tempos, no mínimo 20 anos, onde recursos imprescindíveis a vida começam a ser poucos, para alimentar povos burlescos, fanfarrões, corruptos e analfabetos.
O cego que não quer vê é tão cego quanto o cego que ainda não enxerga e espera um passo a frente da ciência. Tão hermético quanto nós, povo dicotômico.
Toda vez que eu vejo uma barata vindo em minha direção, eu lembro de Gregor Sansa, aí eu levanto a cabeça e Dinho que não li “A Metamorfose”.
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